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Wednesday, March 31, 2004

Na manhã seguinte acordei com vontade de saber o que se passava na cabeça de Eduardo. Sentia-me desconfortavel com a situaçao da noite passada e mais ainda ter ficado nos seus braços demonstrando uma fragilidade que eu não poderia ter.
O meu casamento era estavel e demasiado confortavel para o perder nas mãos de um homem imaturo e perigoso.
Francisco estava a ler o jornal e já tinha preparado o pequeno almoço para os miudos.
- Bom dia querida. Acordas-te tarde ... diz ele com um sorriso amarelo
- Pareçe que sim . Respondi olhando para o relogio .
Incomodou-me o seu olhar e mais incomodada fiquei quando Eduardo surge com a sua camara de filmar e a criançada toda suja de terra. Estavam euforicos e gritavam:
- Mãe!!! estamos a construir uma casa em cima de uma árvore! O tio Eduardo...
- Tio? Desde quando?
- Incomoda-te que o tratem por tio? Pergunta-me Francisco
- Não...claro que não respondi disfarçando o meu desagrado
Eduardo senta-se na minha frente e com o ar mais ingenuo diz
- Quando era miudo sonhava ter uma casa no alentejo...
Ele sabia que esse sonho tinha sido meu e lá estava ele voltando ao passado ali nas barbas de Francisco.
Francisco levantou-se sorrateiramente, acendeu um cigarro e dirigiu-se á porta da rua.
- Vais assim sem me dares um beijo? perguntei admirada.
- Estou atrasado! Não contes comigo para jantar porque tenho uma reunião esta noite.

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